sábado, 2 de março de 2013


Lei da Reprodução – Livro dos Espíritos Cap. III – Livro Terceiro 


População do globo
 É lei da Natureza a reprodução dos seres vivos. Pois, sem ela o mundo corporal pereceria.
Indo sempre a população na progressão crescente que vemos, nunca será excessiva na Terra, pois Deus a isso provê e mantém sempre o equilíbrio.

Sucessão e aperfeiçoamento das raças
Há, neste momento, raças humanas que evidentemente decrescem. Virá momento em que terão desaparecido da Terra..
O caráter distintivo e dominante das raças primitivas são“Desenvolvimento da força bruta, à custa da força intelectual. Agora, dá-se o contrário: o homem faz mais pela inteligência do que pela força do corpo. Todavia, faz cem vezes mais, porque soube tirar proveito das forças da Natureza, o que não conseguem os animais.”
 O aperfeiçoamento das raças animais e vegetais pela Ciência é bem visto por Deus que utiliza todas as ferramentas disponíveissomente para evolução de suas criações.Porem quando tem por objetivo a perfeição, e não por um sentimento pessoal. O que importa sempre é a intenção.

Obstáculos à reprodução 
“Tudo o que embaraça a Natureza em sua marcha é contrário à lei geral."
Porém, “Deus concedeu ao homem, sobre todos os seres vivos, um poder de que ele deve usar, sem abusar. Pode, pois, regular a reprodução, de acordo com as necessidades. A ação inteligente do homem é um contrapeso que Deus dispôs para restabelecer o equilíbrio entre as forças da Natureza e é ainda isso o que o distingue dos animais, porque ele obra com conhecimento de causa. Mas, os mesmos animais também concorrem para a existência desse equilíbrio, porquanto o instinto de destruição que lhes foi dado faz com que, provendo à própria conservação, obstem ao desenvolvimento excessivo, quiçá perigoso, das espécies animais e vegetais de que se alimentam.

Obstar à reprodução, para satisfação da sensualidade, “Isso prova a predominância do corpo sobre a alma e quanto o homem é material.”

Casamento e celibato
Será contrário à lei da Natureza o casamento, isto é, a união permantente de dois seres?
É um progresso na marcha da Humanidade, L.E. questão 695
O casamento é “ um progresso na marcha da Humanidade.” constitui um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna e se observa entre todos os povos, se bem que em condições diversas.
O casamento ou a união permanente entre dois seres, implica no regime de vivência e aprendizado mútuo. Porém, essa ligação deve se basear na responsabilidade recíproca. Quando não, costuma gerar dolorosas repercussões na consciência, estabelecendo problemas cármicos de solução, por vezes, muito difícil. Pois, ninguém fere ao outro sem ferir a si próprio.
A abolição do casamento seria, pois, regredir à infância da Humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de certos animais que lhe dão o exemplo de uniões constantes; a indissolubilidade absoluta do casamento é uma lei humana muito contrária à da Natureza.
O celibato é contrário a Deus, somento que tiver um propósito de bem, ex: F.C.X.
Todo sacrifício pessoal é meritório. Quanto maior o sacrifício, tanto maior o mérito.”

Poligamia
“A poligamia é lei humana cuja abolição marca um progresso social. O casamento, segundo as vistas de Deus, tem que se fundar na afeição dos seres que se unem. Na poligamia não há afeição real: há apenas sensualidade.”

Adultério e Prostituição
Atire-­lhe  a  primeira  pedra  aquele  que  estiver  isento  de pecado,  disse  Jesus. Esta  sentença  faz  da  indulgência  um  dever para  nós  outros  porque  ninguém  há  que  não  necessite,  para  si próprio, de indulgência. Ela nos ensina que não devemos julgar com  mais  severidade  os  outros,  do  que  nos  julgamos  a  nós mesmos,  nem  condenar  em  outrem  aquilo  de  que  nos absolvemos. Antes de profligarmos a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita. ( E.S.E. cap. X, item 13)

Compromisso Afetivo
O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio. O aguilhão da consciência, guardião da probidade interior, o adverte e sustenta; mas, muitas vezes se mostra impotente diante dos sofismas da paixão. Fielmente observado, o dever do coração eleva o homem; porém, como determiná-lo com exatidão? Onde começa ele? O dever principia sempre, para cada um de vós, do ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais ninguém transponha com relação a vossa. (E.S.E. - Cap. XVII, item 7)

Controle Sexual
Interrogue friamente suas consciências todos os que são feridos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida; remontem, passo a passo, à origem dos males que os torturam e verifiquem se, as mais das vezes, não poderão dizer: Seu eu houvesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante condição. (E.S.E. Cap V, item 4)

Homossexualismo / transexualismo
Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher?
Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar.
(L.E. questão 202)
Tendência da criatura para a comunhão afetiva com uma outra criatura do mesmo sexo.

Leia mais:
Homossexualidade
Homossexualismo - Prisioneiro...
Homossexualidade uma visão mais além 

Aborto
Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período de gestão?
Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede um alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando. (L.E. questão 358)



Textos de Auxílio:

110 - Vidas sucessivas - Caminho Verdade e Vida - Emmanuel - F.C.X

“Não te maravilhes de te haver dito: Necessário vos é nascer de novo.” – Jesus. (João, 3:7.)

A palavra de Jesus a Nicodemos foi suficientemente clara.
Desviá-la para interpretações descabidas pode ser compreensível no sacerdócio organizado, atento às injunções da luta humana, mas nunca nos espíritos amantes da verdade legítima.
A reencarnação é lei universal.
Sem ela, a existência terrena representaria turbilhão de desordem e injustiça; à luz de seus esclarecimentos, entendemos todos os fenômenos dolorosos do caminho.
O homem ainda não percebeu toda a extensão da misericórdia divina, nos processos de resgate e reajustamento.
Entre os homens, o criminoso é enviado a penas cruéis, seja pela condenação à morte ou aos sofrimentos prolongados.
A Providência, todavia, corrige, amando... Não encaminha os réus a prisões infectas e úmidas. Determina somente que os comparsas de dramas nefastos troquem a vestimenta carnal e voltem ao palco da atividade humana,  de modo a se redimirem, uns à frente dos outros.
Para a Sabedoria Magnânima nem sempre o que errou é um celerado, como nem sempre a vítima é pura e sincera. Deus não vê apenas a maldade que surge à superfície do escândalo; conhece o mecanismo sombrio de todas as circunstâncias que provocaram um crime.
O algoz integral como a vítima integral são desconhecidos do homem; o Pai, contudo, identifica as necessidades de seus filhos e reúne-os, periodicamente, pelos laços de sangue ou na rede dos
compromissos edificantes, a fim de que aprendam a lei do amor, entre as dificuldades e as dores do destino, com a bênção de temporário esquecimento.


13- PERANTE A VIDA Leis Morais da Vida - Joanna de Ângelis cap.V 13a18
          Investimento sublime a vida!
          Em todas as suas manifestações expressa a suprema misericórdia de Deus, num conjunto de harmonias e bênçãos.
          O homem, porém, nem sempre sabe valorizar-lhe a oportunidade.
          Egresso das faixas primitivas do instinto por onde transitou, guarda as altas cargas das sensações em que se demora, em detrimento dos sutis apelos da emoção cru que se engrandece, na ascese para a libertação que o aguarda.
          Detivesse-se mais no acurar das observacões e descobriria a glória do bem manifesta em todo lugar.
          Por descuido ou inépcia vincula-se aos compromissos vis em que se emaranha e, ao ser surpreendido pela realidade da evolução de que ninguém se evade, reage e desagrega-se, mergulhando nos lôbregos estados de dor selvagem e inútil.
          A vida já dorminte no mineral, sonhando no vegetal, pensa no homem, a caminho da perfeita integração na Consciência Cósmica, quando se torna anjo.
*
          Multiplica a alegria de viver, esparzindo tuas concessões de ventura onde te encontres.
          Inobstante te descubras em dor ou em agonia, compreende que o sofrimento é processo de libertação realizando o mister onde o amor ainda não firmou alicerces.
          Sofrimento não é desdita. Esta somente surge quando o homem se torna causa e razão de infortúnio para o seu próximo.
          Assim, sempre podes exalçar a vida.
          Estiolando-se a flor o pólen fecunda e a planta nele sobrevive.
          O despedaçar de muitos anelos engendra o  surgimento de formosas realizações. .
          A renúncia pessoal fomenta a abnegação que levanta as realizações da ventura.
          Usa a tua vida na preservação de outras muitas vidas.
          Mesmo que estejas açodado pelo desespero, evita o fosso da revolta ou o paul do desânimo.
          A tua vida inspira outras vidas.
          Sê abnegado!
          O que faças e como faças constituirá emulação para as criaturas que seguem ao teu lado.
          Sem que o percebas és inspirado por alguém, motivado por outrem, a teu turno modelo para outros que te seguem em pós.
          Perante a vida és co-criador junto a Nosso Pai.
          Vive, pois, de tal forma que, encerrando o capítulo da tua experiência no corpo físico, prossigas logo mais, noutra expressão na vida estuante.

**LIMITAÇÃO DE FILHOS
          O problema da planificação familiar, antes de maiores cogitações, deve merecer dos cônjuges mais profundas análises e reflexões.
          Pela forma simplista como alguns o apresentam, a desordenada utilizacão de métodos anticonceptivos interfere negativamente, na economia moral da própria família.
          Na situação atual, os pais dotados de recursos econômicos, menos procriam, em considerando as disponibilidades que possuem, enquanto os destituídos de posses aumentam a prole, tornando muito mais complexas e difíceis as engrenagens do mecanismo social.
          Os filhos são programados na esfera extra-física da vida, tendo-se em vista as injunções crédito-débito, defluentes das reencarnações passadas.
          Normalmente, antes do mergulho no corpo carnal, o Espírito reencarnante estabelece intercâmbio com os futuros  genitores, de cujo concurso necessitam para o cometimento a empreender.
          Os filhos não chegados pela via normal, não obstante, alcançarão a casa dos sentimentos negados, utilizando-se dos sutis recursos da Vida, que reaproximam os afins pelo amor ou pela rebeldia quando separados, para as justas reparações.
          Chegarão a outros tetos, mas dali sairão  atraidos pelas necessidades propelentes ao encontro da família que lhe é própria, nem sempre forrados em objetivos relevantes
*
          Alguém que te chega, perturbando a paz.
          Outrem que te rouba pertences e sossego.
          O ser que te sobrecarrega de dissabores.
          Aquele que de fora desarmoniza a tua família.
          O vadio que te adentra o lar.
          O viciado que corrompe quem te é caro.
          O aliciador que chega de longe e infelicita o filho ou a filha que amas. .
          Todos eles estão vinculados a ti
          Quiçá houvessem renascido sob o teu teto e as Je circunstâncias
impediriam dramas maiores.
*
          Antes de aderires ao entusiasmo reinante para a limitação da prole, reparte com o outro cônjuge as tuas preocupações, discute o problema à luz da reencarnação.
          Evita engajar-te na moda, só porque as opiniões gerais são favoráveis à medida.
          Não o faças, simplesmente, considerando os fatores econômicos, os da superpopulação.
          O Senhor dispõe de recursos inimagináveis.
          Confia a Ele as tuas dificuldades e entrega-te consciente, devotadamente.
          Seja qual for a opção que escolhas — ter mais ou menos filhos —, os que se encontram na pauta das tuas necessidades chegar-te-ão, hoje ou mais tarde.
          Sendo possível, acolhe-os da melhor maneira, porqüanto, conforme os receberes, ser-te-ão amigos generosos ou rudes adversários dos quais não te libertarás facilmente.

FILHO DEFICIENTE
          A decepção passou a ser-te um ferrete em brasa, dilacerando sem cessar os teus sentimentos.
          Todos os planos ficaram desfeitos, quando esperavas entesourar felicidade e vitória.
          No suceder dos dias, desde os primeiros sinais. anelaste por um ser querido que chegaria aos teus braços com os louros e a predestinação da grandeza em relação ao futuro.
          O pequeno príncipe deveria trazer no corpo, na mente, na vida, as características da raça pura. grandioso no porte, lúcido na inteligência, triunfador nas realizações.
          O que agora contemplas não é o filho desejado, mas um feio espécime, mutilado, enfermo, frágil.
          Mal acreditas que se haja gerado por teu intermédio, que seja teu filho.
          Por pouco não o detestas.
          Mal te recobras do choque e da vergonha que experimentas quando os amigos o vêem, quando sabem que é teu descendente.
          Surda revolta assenhoreia-se da tua alma e, a pouco e pouco, a amargura ganha campo no teu coração.
          Reconsidera, porém, quanto antes, atitudes e posicões mentais.
          Não podes arbitrar com segurança no jogo dos insondáveis sucessos da reencarnação.
          Pára a reflexionar e submete-te à injunção redentora.
          A tua frustração decorre do orgulho ferido, do desamor que cultivas.
          Teu filho deficiente necessita de ti. Tu, porém, mais necessitas dele.
*
          Quem agora te chega ao regaço com deficiência e limitação, recupera-se no cárcere corporal das arbitrariedades que perpetrou.
          Déspota ou rebelde, caiu nas ciladas que deixou pela senda, onde fez que outros sucumbissem.
          Mordomo da existência passada, abusou dos dons da vida com estroinice e perversidade, ferindo e terminando por ferir-se.
          Não cometeu, todavia, tais desatinos a sós.
          Quando alguém cai, sempre existe outrem oculto ou ostensivo que o leva ao tombo.
          O êxito como o insucesso sempre se faz de parceria.
          Muitos responsáveis intelectuais de realizações nobres como de crimes espetaculares permanecem não identificados.
          E são os autores reais, que se utilizam dos chamados ignorantes úteis para esses cometimentos.
          O filho marcado que resulta do teu corpo é alma vitimada pela tua alma, não duvides.
          Não é este o primeiro tentame que realizam juntos.
          Saindo do fracasso transato, ambos recomeçam abençoada experiência, cujo êxito podes promover desde já.
          Renteia com ele na limitação e aumenta-lhe, mediante o amor dinâmico,  a capacidade atrofiada.
          Sê-lhe o que lhe falta.
          Da convivência nascerá a interdependência recíproca.
          No labor com ele, ama-lo-ás.
          Infatigavelmente renova os quadros mentais e por enquanto desce ao solo da realidade, fora das ilusões mentirosas, a fim de seres, também, feliz.
*
          Honra-te com o filhinho dependente e mais aproxima-te dele, cada vez.
          A carne gera a carne, mas os atos pretéritos do espírito produzem a forma para a residência orgânica.
          As asas de anjo do apóstolo, como os pés de barro de quem amas, precedem à atual injunção fisiológica.
*
          Se te repousa no berço de sonhos desfeitos um filhinho deformado, amputado, dementado, deficiente de qualquer natureza, esquece-lhe a aparência e assiste-o com amor.
          Não te chega ao trono dos sentimentos por acaso. Antigo companheiro vencido, suplica ajuda ao desertor, só agora alcançado pela divina legislação.
Dá-lhe ternura, canta-lhe um poema de esperança, ajuda-o.
O filho deficiente no teu lar significa a tua oportunidade de triunfo e a ensancha que ele te roga para alcançar a felicidade.
Seria terrivelmente criminoso negar-lhe, por vaidade ferida, o amparo que te pede, quando te concede a bênção do ensejo para a tua reparação em relação a ele.

DEVERES DOS PAIS
          Por impositivo da sabedoria divina, no homem a infância demora maior período do que em outro animal qualquer.
          Isto, porque, enquanto o Espírito assume, a pouco e pouco, o controle da organização fisiológica de que se serve para o processo evolutivo, mais fácil se fazem as possibilidades para a fixação da aprendizagem e a aquisição dos hábitos que o nortearão por toda a existência planetária.
          Como decorrência, grande tarefa se reserva aos pais no que tange aos valores da educação, deveres que não podem ser postergados sob pena de lamentáveis conseqüências.
Os filhos — esse patrimônio superior que a Divindade concede por empréstimo —, através dos liames que a consangüinidade enseja, facultam o reajustamento emocional de Espíritos antipáticos entre si, a sublimação de afeições entre os que já se amam, o caldeamento de experiências e o delinear de programas de difícil estruturação evolutiva, pelo que merecem todo um investimento de amor, de vigilância e de sacrifício por parte dos genitores.
A união conjugal propiciatória da prole edificada em requisitos legais e morais constitui motivo relevante, que não deve ser confundida com as experiências do prazer, que se podem abandonar em face de qualquer
conjuntura que exige reflexão, entendimento e renúncia de algum ou de ambos nubentes.
*
Os deveres dos pais em relação aos filhos estão inscritos na consciência.
Evidentemente as técnicas psicológicas e a metodologia da educação tornam-se fatores nobres para o êxito desse cometimento. Entretanto, o amor — que tem escasseado nos processos modernos da educação com
lamentáveis resultados — possui os elementos essenciais para o feliz desiderato.
No compromisso do amor, estão evidentes o companheirismo, o diálogo franco, a solidariedade, a indulgência e a energia moral de que necessitam os filhos, no longo processo da aquisição dos valores  éticos, espirituais, intelectuais e sociais.
No lar, em conseqüência, prossegue sendo na atualidade de fundamental importância no complexo mecanismo da educação.
Nesse sentido, é de essencial relevância a lição dos exemplos, a par da assistência constante de que necessitam os caracteres em formação, argila plástica que deve ser bem modelada.
No capítulo da liberdade, esse faLIr basilar, nunca deixar esquecido o dever da responsabilidade. Liberdade de ação e responsabilidade dos atos, ajudando no discerriimento desde cedo entre o que se deve, convém e se pode realizar.
*
Plasma, na personalidade em delineamento do filhinho, os hábitos salutares.
Diante dele, frágil de aparência, tem em mente que se trata de um Espírito comprometido com a retaguarda, que recomeça a experiência a penates, e que muito depende de ti.
Nem o excesso de severidade para com ele, nem o acúmulo de receios injustificados, em relação a ele, ou a exagerada soma de aflição por ele.
Fala-lhe de Deus sem cessar e ilumina-lhe a consciência com a flama da fé rutilante, que lhe deve lucilar no íntimo como farol de bênçãos para todas as circunstâncias.
Ensina-lhe a humildade ante a grandeza da vida e o  respeito a todos, como valorização preciosa das concessões divinas.
O que lhe não concedas por negligência, ele te cobrará depois.
Se não dispões de maiores ou mais valiosos recursos para dar-lhe, ele saberá reconhecer, e, por isso, mais te amará.
Todavia, se olvidaste de ofertar-lhe o melhor ao teu alcance também ele compreenderá e, quiçá, reagirá de forma desagradável.
Os pais educam para a sociedade, quanto para si mesmos.
Examina a tua vida e dela retira as experiências com que possas brindar a tua prole.
Tens conquistas pessoais, porqüanto já trilhastes o caminho da infância, da adolescência e sabes de motu próprio discernir entre os erros e acertos dos teus educadores, identificando o que de melhor possuis para dar.
Não te poupes esforços na educação dos filhos.
Os pais assumem desde antes do berço com aqueles que receberão na condição de filhos compromissos e deveres que devem ser exercidos, desde que serão, também, por sua vez, meios de redenção pessoal perante a consciência individual e a Cósmica que rege os fenômenos da vida, nos quais
todos estamos mergulhados.

DEVERES DOS FILHOS
          Toda a gratidão sequer retribuirá a fortuna da oportunidade fruída através do renascimento carnal.
          O carinho e respeito contínuos não representarão oferenda compatível com a amorosa assistência recebida desde antes do berço.
          A delicadeza e a afeição não corresponderão à grandeza dos gestos de sacrifício e da abnegação demoradamente recebidos. .
          Os filhos têm deveres intransferíveis para com os pais, instrumentos de Deus para o trâmite da experiência carnal, mediante a qual o Espírito adquire patrimônios superiores, resgata insucessos e comprometimentos perturbadores.
*
          Existem genitores que apenas procriam, fugindo à responsabilidade.
          Não compete, porém, aos filhos julgá-los com severidade, desde que não são dotados da necessária lucidez e correção para esse fim.
          Se fracassaram no sagrado ministério, não se furtarão à consciência, em forma da presença da culpa neles gravada.
          Auxiliá-los por todos os meios ao alcance é mister indeclinável, que o filho deve ofertar com extremos de devotamento e renuncia.
          A ingratidão dos filhos para com os pais é dos mais graves enganos a que se pode permitir o Espírito na sua marcha ascensional.
          A irresponsabilidade dos progenitores de forma alguma justifica a falência dos deveres morais por parte da prole.
          Ninguém se vincula a outrem através dos vigorosos liames do corpo somático, da família, sem justas, ponderosas razões.
          Desincumbir-se das tarefas relevantes que o amor e o reconhecimento impõem - eis o impositivo que ninguém pode julgar lícito postergar.
*
          Ama e respeita em teus genitores a humana manifestação da paternidade divina.
          Quando fortes, sê-lhes a companhia e a jovialidade; quando fracos, a proteção e o socorro.
          Enquanto sadios, presenteia-os com a alegria e a consideração; se enfermos, com a assistência dedicada e a sustentação preciosa.
          Em qualquer situação ou circunstância, na maturidade ou na velhice, afeiçoa-te àqueles que te ofertaram o corpo de que  te serves para os cometimentos da evolução, como o mínimo que podes dispensar-lhes, expressando o dever de que te encontras investido.

AFINIDADE E SINTONIA
          De referência à problemática das doenças, a questão da sintonia psíquica é de relevância incontestável.
          Fenômeno inconsciente que decorre dos hábitos mentais assumidos pelo indivíduo deve ser examinado em profundidade, necessitando de acurado esforço, a fim de que abandone as baixas e densas faixas do abatimento e da viciação, ascendendo àquelas nas quais se haurem forças e estímulos para os
cometimentos de sucesso.
          Acomodado à posição de lamentável rebeldia interior, seja pelo acumplíciamento com Entidades perniciosas ou mediante a tácita aceitação dos velhos há bitos do personalismo dissolvente, o  homem permanece por prazer e invigilância em sintonia com o mal.
          Difluem dessas situações graves conúbios  mentais, em processos de obsessão por parte de Espíritos ignorantes e pervertidos ou pela satisfação natural de permanecer em atitude doentia, sem o esforço que deve envidar para a libertação.
          Em toda enfermidade existe sempre uma predisposição orgânica e psíquica, decorrente do pretérito espiritual ou da vivência atual, em cujo campo se instalam os fatores predisponentes ou propiciatórios a larga cópia de doenças, as mais complexas.
          Conveniente por isso o cultivo do otimismo e a realização de trabalhos que desloquem a mente indisciplinada ou mal educada, induzindo-a a novos exercícios e hábitos de que decorrerão resultados diversos.
          Afinas com o que sintonizas. Estás com quem ou com o que preferes.
          Cada ser nutre-se nos redutos mentais em  que localiza as aspirações.
Em conseqüência, os que aspiram fluidos deletérios da irritação constante, da sistemática indiferença ou da prevenção contumaz perturbam-se, arrojando-se ao desequilíbrio ou intoxicam-se interiormente, dando origem e curso a distonias nervosas que culminam com a loucura ou as aberrações de outra natureza.
*
          Enxameiam por toda parte aqueles que falam sobre o sofrimento e as doenças, dizendo-se desejosos de superá-los, vencê-los sem que, contudo, se imponham as condições exigíveis do esforço e da perseverança nos propósitos salutares que lhes são inusitados.
          Preferem o retorno à situação primitiva e a fuga espetacular através da lamentação, ao combate profícuo, insistente, reagindo às forças infelizes, para sair das faixas vibratórias em que se detêm, de modo a granjearem os inapreciados valores da paz, da saúde, da harmonia.
*
          Toda ascese decorre em clima de sacrifício.
          A renovação exige esforço.
          A liberdade propõe disciplina.
          A ascenção às vibrações superiores impõe  largo estipêndio mental, exigindo permanente sintonia com os pensamentos edificantes e as idéias que fecundam bênçãos.
          A doença como a saúde resulta invariavelmente da posição interior de cada um.
          Por essa razão, o Evangelho é constituído de convites imperativos à elevação íntima, à solidariedade, ao otimismo em cujas paisagens haurirás a felicidade que todos buscamos.
          Afinamo-nos uns com os outros e intercambiamos conforme as preferências que exteriorizamos, mas que são o resultado do comportamento íntimo.
          Qualquer que seja o preço da responsabilidade, por mais alto o ônus do sacrifício, estás destinado àfelicidade e por lográ-la terás que investir todos os esforços, abandonando as faixas do erro e do crime em que te comprazes, a fim de alcançares os cumes da vitória sobre ti mesmo.


A tomada elétrica O Espírito da Verdade, cap.41 F.C.X./Waldo Vieira, Espíritos diversos

Cap. VIII – Item 7
De volta à reencarnação, em breve tempo, sou trazido ao vosso recinto de oração e fraternidade por benfeitores e amigos para que algo vos fale de minha história – amargo escarmento aos levianos
do ouvido e aos imprudentes da língua.
Sem ornato verbal de qualquer natureza,  em minha confissão dolorosa, passo diretamente ao meu caso triste, à maneira de um louco que retorna ao juízo, depois de haver naufragado na vileza de um pântano.
Há alguns anos, em minha derradeira romagem na Terra, era eu simples comerciário de hábitos simples.
Com pouco mais de trinta anos, desposei Marina, muito mais jovem que eu, e, exaltando a nossa felicidade, construímos nosso paraíso doméstico, numa casa pequena de movimentado bairro do Rio de Janeiro.
Nossa vida modesta era um cântico de ventura, entretecido de esperanças e preces; todavia, porque fosse, de ordinário, desconfiado e inquieto, amava minha esposa com doentia paixão.
Marina era muito moça, quase menina...
Estimava as cores festivas, o cinema, a vida social, a gargalhada franca e, por guardar temperamento infantil, a curto espaço teve o nome enlaçado à maledicência que fustiga  a felicidade, como a sombra persegue a luz.
Em torno de nós, fez-se o “disse-me-disse”.
Se tomávamos um bonde, éramos logo objeto de olhares assustadiços, enquanto se cochichava, lembrando-se-nos o nome...
Se passávamos numa praça, éramos, quase sempre seguidos de assovios discretos...
Começaram para mim os recados escusos, os telefonemas inesperados, as cartas anônimas e os conselhos de família, reunindo várias acusações.
– “Marina desertara dos compromissos ao lar.”
– “Marina era ingrata e infiel.”
– “Marina respirava numa poça de lama.”
– “Marina tornara-se irregular.”
Muitas vezes, minha própria mãe, zelosa de nosso nome, chamava-me a brios, indicando-me providências.
Amigos segredavam-me anedotas irreverentes com sentido indireto.
Lutas enormes do sentimento ditavam-me desesperados conflitos.
Acabou-se em casa a alegria espontânea.
Debalde, a companheira se inocentava, alertando-me o coração; entretanto, densas trevas possuíam-me o raciocínio, induzindo-me a criar assombrosos quadros em torno de faltas inexistentes.
Como se eu fora puro, exigia pureza em minha mulher. Qual se fosse santo, reclamava-lhe santidade.
Deplorável cegueira humana!
Foi assim que, numa tarde inesquecível para o remorso que me vergasta, tilintou o telefone, buscando-me para aviso.
Três horas da tarde...
Anuncia-me alguém ao cérebro atormentado que um estranho se achava em meu aposento íntimo.
Desvairado, tomei de um revólver e busquei minha casa.
Sem barulho, penetrei nossa câmara e, de olhos embaciados no desespero, vi Marina curvada, ao lado de um homem que se curvava igualmente a dois passos de nosso leito.
Não tive dúvida e alvejei-os,  agoniado... Vi-lhes o sangue a misturar-se, enquanto me deitavam olhares de imensa angústia, e porque não pudesse, eu mesmo, resistir a tamanha desdita, estilhacei meu crânio, com bala certa, caindo, logo após, para acordar no túmulo, agarrado a meu corpo, mazelento e fedentinoso, que servia de engorda a vermes famintos.
Em vão busquei desvencilhar-me do arcabouço de lama, a emparedar-me na sombra.
Gargalhadas irônicas de Espíritos infelizes cercavam-me a prisão.
Descrever minha pena é tarefa impossível no vocabulário dos homens, porque o verbo dos homens não tem bastante força para pintar o inferno que brame dentro da alma.
Por muito tempo, amarguei meu cálice de aflição e pavor, até que mãos amigas me afastaram, por fim, do cárcere de lodo.
Vim, então, a saber que Marina, sem culpa, fora sacrificada em minhas mãos de louco.
Esposa abnegada e inocente que era, simplesmente pedira a um companheiro da vizinhança consertasse, em nosso quarto humilde, a tomada elétrica desajustada, a fim de passar a roupa que me era precisa para o dia seguinte.
Transido de vergonha e enojado de mim, antes de suplicar perdão às minhas pobres vítimas, implorei, humilhado, a prova que me espera...
E é assim que, falando às almas descuidadas que cultivam na Terra o vício da calúnia, venho dizer a todas, na condição de um réu, que para me curar da própria insensatez roguei ao Pai Celeste e  me foi concedida a bênção de meio século de doença e martírio, luta e flagelação na dor de um corpo cego.
Júlio


E o adúltero?  Texto 85 - Pão Nosso - Emmanuel  - F.C.X.

“E, pondo­a no meio, disseram­lhe: Mestre, esta mulher  foi apanhada, no próprio ato, adulterando.” (João, 8:4)
O caso da pecadora apresentada pela multidão a Jesus envolve considerações muito significativas, referentemente ao impulso do homem para ver o mal nos semelhantes, sem enxergá-lo em si mesmo.
Entre as reflexões que a narrativa sugere, identificamos a do errôneo conceito de adultério unilateral.
Se a infeliz fora encontrada em pleno delito, onde se recolhera o adúltero que não foi trazido a julgamento pelo cuidade popular? Seria ela a única responsável? Se existia uma chaga no organismo coletivo, requisitando intervenção a fim de ser extirpada, em que furna se ocultiva aquele  que ajudava a fazê-la?
A atitude do Mestre, naquela hora, caracterizou-se por infinita sabedoria e inexcedível amor. Jesus não podia centralizar o peso da culpa na mulher desventurada e, deixando perceber o erro geral, indagou dos que se achavam sem pecado.
O grande e espontâneo silêncio, que então se fez, constituiu resposta mais eloquente que qualquer declaração verbal.
Ao lado da mulher adúltera permaneciam também os homens pervertidos, que se retiraram envergonhados.
O homem e a mulher surgem no mundo com tarefas específicas que se integram, contudo, num trabalho essencialmente uno, dentro do plano da evolução universal. No capítulo das experiências inferiores, um não cai sem o outro, porque a ambos foi concedido igual ensejo de santificar.
Se as mulheres desviadas da elevada missão que lhes cabe prosseguem sob triste destque no caminho social, é que os adúlteros continuam ausentes da hora de juízo, tanto quanto no momento da célebre sugestão de Jesus.


Bibliografia:
Fonte: Vida e Sexo -Emmanuel - F.C.X.
Texto 85 - Pão Nosso - Emmanuel  - F.C.X.
O Espírito da Verdade, cap.41 F.C.X./Waldo Vieira, Espíritos diversos
Leis Morais da Vida - Joanna de Ângelis cap.V 13a18
Livro dos Espíritos Cap. III – Livro Terceiro

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