segunda-feira, 1 de julho de 2013

Não Somos Atacados Pelas Trevas, Viemos Dela.

Quem são os dragões? É a mais antiga comunidade da maldade que se organizou socialmente nas regiões chamadas subcrostais ou sobmundo astral. Segundo a autora Maria Modesto Cravo, ela existe há 10 mil anos.Essa comunidade, administrada por inteligência do mal, criou a Cidade do Poder e sua hierarquia é composta pelos "dragões"legionários, justiceiros e conselheiros. São espíritos que fazem o mal intencionamente.

Não existe responsabilidade unilateral no processo de influência mental entre os mundos físico e espiritual. Existe interação, compartilhamento de aspirações e desejos.
Não existe domínio sem aceitação, nem pressão sem sintonia. É totalmente injustificável a crença na força do mal sem escolha íntima e posicionamento mental propício, sendo declarada invigilância dos discípulos espíritas o destaque, que começa a assolar a sementeira, com visões pessimistas e chavões que servem
de ligação com as forças inferiores.
Muitos estereótipos são criados, tais como: obsessores, inimigos espirituais, adversários da causa, encosto indesejável, opositores desencarnados do sistema, falanges trevosas, forças contrárias,espíritos do mal. Até mesmo nós, aqui na erraticidade, temos nos valido de tais expressões por uma questão de comunicação com vocês no plano físico, embora não traduzam o mesmo sentido que toma conta de quantos regressam do corpo para cá. Os chamados espíritos do mal são familiares queridos cujo tempo interrompeu nossos laços de amor.
Somente com uma visão límpida de quem somos, livres das ilusões,verdadeiramente alicerçaremos condições íntimas no melhor proveito das oportunidades de crescimento na vida corporal ou fora dela. Essa visão, evidentemente, será o resultado da aplicação das diretrizes do Evangelho no reino sagrado do coração. Somente com sentimento educado ampliaremos as chances de realizar o mergulho consciente nas profundezas de nós mesmos. E esse mergulho solicita-nos a coragem de conhecer nossas raízes espirituais, que se acham mais entrelaçadas com os "gênios do mal" do que imaginamos.
Necessário esquadrinhar os matizes da vida no submundo astral, a fim de ficar claro que, consciente ou inconscientemente, por deliberação própria nas raias da maldade declarada ou por escravização, todos nós, de alguma forma, temos elos com as ações da maldade organizada, conquanto isso não signifique impotência
para escolher os caminhos na direção do bem e da luz. Os chamados vales da imundície e da maldade são extensões da família terrena, a parcela mais adoecida da humanidade. Em tese, representam o lado
mais frágil de todos nós.
Ansiando por tempos novos no orbe, prepare-mo-nos para o socorro a esses filhos da amargura. A melhora espiritual do planeta depende dessa tarefa ingente. Se o mundo espiritual influencia o mundo físico, de igual forma a sociedade terrena determina efeitos similares na psicosfera da crosta. O homem cativo no corpo de carne não guarda consciência da movimentação ativa da vida invisível que o cerca. Da mesma forma, esmagadora maioria dos desencarnados não é capaz de mensurar o quanto são dirigidos pelas forças
provenientes da Terra. Porque existem seres com grande capacidade mental fora da matéria escolhendo o caminho de bilhões de almas foi que Deus permitiu a presença dos médiuns na humanidade, a fim de espelharem com nitidez o dinamismo permanente que orienta o ecossistema universal, em todas as esferas de vida por meio da unidade e do progresso.
O mal é um efeito dessa interação interdimensional. Dimensão física e espiritual em perfeita sinergia. Jamais poderemos cogitar de soluções definitivas para os dramas capitais da sociedade terrena sem a incursão salvadora nas raízes espirituais que alimentam as mais sórdidas ideias e sustentam a malícia nos sentimentos.
Não existirá regeneração sem renovação do submundo astral no qual estão plantadas as raízes da maldade, que alonga seus frutos indigestos como uma hera sobre a face do orbe.
A humanidade é composta de um grupo de almas cuja etapa evolutiva é marcada pela recente desvinculação do mal e da ignorância, nos quais, deliberadamente, muitos ainda permanecem.
Com raríssimas exceções, encontramos corações que aprenderam a edificar o bem no limite do que podem. Egressos da brutalidade, apenas começamos a galgar etapas significativas com destino ao esplendor da regeneração. A cultura e o progresso social estabelecem horizontes vitoriosos para a implantação da saúde e do direito, da educação e da tecnologia que destinarão as sociedades a um amanhã mais feliz. Nesse conceito global é imperioso avaliar a posição do espírito-espírita sem a lente da ilusão.
Primitivismo, raciocínio, moralização e espiritualização são as estradas pelas quais peregrinam os habitantes terrenos. Recém saídos da barbárie, palmilhamos os primeiros passos em direção à civilidade.
Se o planeta há 3.500 anos atrás ainda não conhecia um cânone completo de justiça, como esperar a angelitude em tão curto tempo?
Desde a enxertia dos capelinos até o presente são passados aproximadamente 40.000 anos. Os capelinos, para aqueles ainda não afeiçoados ao tema, são os espíritos transportados de outro planeta na condição de degredados, falidos consciencialmente. Embora no atraso moral, vieram cooperar com o progresso da Terra, já que desenvolveram sobejamente a inteligência.
A noção de justiça no orbe, mesmo nos grupos mais educados, ainda se encontra corrompida pelo interesse pessoal. Incluem-se nesses grupos muitos servidores propensos ao bem, ainda escravos dos reflexos perniciosos do egoísmo sutil, por fugas inteligentes na direção de vantagens particulares. A coletividade doutrinária espírita não está fora desse contexto evolutivo. A hierarquia e o dogmatismo são alguns desses monstros mentais elegidos pelo homem em séculos de personalismo. Com a hierarquia busca
segurança e sensação de vitória. Com o dogmatismo ilude-se a si mesmo acerca daquilo que lhe convém acreditar e fazer a gosto de seus pontos de vista.
Compete-nos edificar uma visão mais profunda sobre a velha questão filosófica: de onde viemos? Por que renascemos? Para onde vamos? Somente tomando consciência da nossa origem perceberemos que as trevas ou adversários são expressões de nós mesmos, frutos de nós próprios. Queiramos ou não, viemos desses sítios de dor e buscamos a luz. As forças contrárias que nos perseguem são extensões de nossa família espiritual. E somente quem se escraviza na vertigem de superioridade pode-se imaginar tão distante da condição dessas almas feridas e carentes de amor e orientação.
Não somos atacados pelas trevas, viemos dela. Comungamos com ela.
Sendo assim, justo que sejamos procurados. Bom será mensurar, quanto antes, a abrangência dessa verdade na erradicação das miragens de grandeza. Do contrário, o inferno reclamará nossa permanência em regime de moradia e dor por longo tempo em suas paragens. Eis a razão de ampliarmos a visão sobre o tema negligência. Para almas comprometidas como os trabalhadores espíritas, quaisquer deslizes tomarão proporções indesejáveis na colheita obrigatória nos recessos da consciência."
"Embora a maldade já existisse nas almas transmigradas para o planeta em tempos imemoriais, vamos detectar a presença do mal na Terra como organização social a partir 10.000 anos atrás. Lúcifer,
o gênio do mal, um coração extremamente vinculado a Jesus, estabeleceu o litígio inicial representando milhões de almas insatisfeitas com as consequências do exílio em outro orbe.
Dominado pela soberba que os expulsou das oportunidades de crescimento em mundos distantes, tomou como bandeira a prepotência de empunhar armas contra o Condutor da Terra, a fim de disputar, em sua arrogância sem limites, por quem ela seria dominada e controlada. Eis o motivo de uma história política, moral e espiritual que se arrasta há milênios. Tal enredo parece simples, entretanto, por agora, é o que posso lhes dizer na aquisição de noções mais nítidas acerca dos desafios que vos esperam nas tarefas
junto à carne.
A estratégia para tal insanidade é manter a humanidade na ignorância espiritual. A inteligência ilimitada desse espírito, que carrega experiência ímpar sobre o destino de multidões, traçou um plano nefando de explorar as próprias fraquezas humanas para retê-la na inferioridade. O fundamento basilar desse plano consiste
em colocar o instinto como núcleo estratégico do atraso. Convencer o homem da Terra que não vale a pena mudar de reino, subir o degrau do instinto para a razão. O prazer e a vida, nessa concepção decadente e astuta, residem em se manter na retaguarda dos cinco sentidos com total expressão dos interesses pessoais.
Ações marcantes dessa organização da maldade no mundo podem ser verificadas aproximadamente 1.500 anos antes da vinda do Cristo por ocasião da implantação da noção da justiça divina no mundo, por meio do primeiro código ético enviado pela mediunidade do Mais Alto para a humanidade - os Dez Mandamentos.
A justiça é a leira fértil para que as sementes viçosas do amor frutifiquem em bênçãos infinitas. A maldade usou toda sua cota de energia para impedir a vinda de Moisés e a difusão dos Dez Mandamentos para os povos. Criaram, nesse tempo, a Casta dos Justiceiros dentro de uma concepção cruel de justiça feita com as próprias mãos, conseguindo alterar significativa parcela do bem que a Lei Divina poderia ter fermentado nas sociedades daquele tempo.
O símbolo inspirador dessas falanges, fartas de perversidade, é o dragão, um retrato animalizado da força e do poder que essas criaturas adoecidas trazem no imo de si mesmas. A figura lendária do dragão surgiu nas crenças mais primitivas que se tem notícia como uma insígnia de poder. Uma simbologia que lhes traduz o
estado íntimo e seus propósitos. Sentiam-se répteis pela condição do exílio, entretanto, criaram as asas do poder e o fogo da crueldade, expressos na figura do dragão, para manifestarem sua revolta e rebeldia ante a condição em que foram colocados em um planeta prisional. Eram répteis, mas podiam voar. Querem distinção em relação aos aborígines da Terra, considerados um atraso na evolução por parte deles. Eram fracassados, mas podiam destruir.
A despeito do clima de guerra, a justiça estimula uma relação ética entre os homens que passam a obedecer a leis e a educar seus sentimentos a partir de uma referência social criadora de limites.
Era o progresso lento, porém gradativo. Com o olho por olho, dente por dente nascia a ética do medo criando regras morais ao instinto de defesa humano.
A Lei do Pai, independentemente da loucura de Seus filhos, cumpre-se intimorata. E os litigantes que eram atraídos para atacar os focos de honestidade e equilíbrio nas ações humanas terminavam sucumbindo, muitos deles, ao talante da força do bem e renascendo no povo hebreu decantando a velha imagem bíblica do paraíso, uma expressão arquetípica da coletividade exilada de outro mundo.
O paraíso perdido passou de geração a geração. Muitos voltaram a seus mundos de origem, entre eles Capela. Aqueles que permaneceram formaram séquitos.
Dentre os espíritos exilados, o povo hebreu é o mais exclusivista e crente. Cultores da raça pura e do monoteísmo. Sempre tentaram não se misturar nas mutações étnicas. Não foi por outra razão que
Jesus escolheu a árvore de David para nascer. Foi assim estruturada a linhagem psíquica dos espíritos do Cristo - almas exiladas de seu mundo original, vinculadas ao coração de Jesus, e que formaram o
tronco judaico-cristão, com perfil moral de acendrado orgulho centrado na ideia do Deus único.
Os dragões justiceiros, como se denominam em suas hostes, fundaram, a esse tempo, a primeira das sete cidades da maldade na psicosfera terrena. Chamada de Cidade do Poder está situada no psiquismo do Velho Mundo, nas portas da psicosfera da Palestina, a antessala do Oriente Médio. Atualmente sua extensão territorial atinge todo o planeta. A parcela urbanizada dessa comunidade se encontra na crosta, sendo regida pelas mesmas leis que orientam a vida planetária em vigoroso regime de simbiose; e tem seus vales periféricos a se estender pelas mais abissais regiões da erraticidade, em plena conexão de objetivos e vibrações. O lugar mais conhecido e onde se praticam as mais infelizes formas de maldade chama-se
Vale do Poder, um cinturão psíquico que circula a subcrosta da Terra, onde vegeta uma semi-civilização que onera a economia vibratória do orbe.

Extraído do livro Os Dragões - espírito  Maria Modesto Cravo - psicogr/ Wanderley Oliveira

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