quinta-feira, 28 de julho de 2016

DEUS E A MITOLOGIA GREGA



A mente embrionária não podia compreender a unidade do poder divino. Para tentar equacionar sua perplexidade, adorou vários deuses. Era uma forma de responder à diversidade das manifestações da natureza e atender  aos seus próprios interesses. Essa especialização das forças divinas ajustavam-se à necessidades de proteção para os problemas afetivos, as paixões, o amor, o ódio, a colheita, a fertilidade, os negócios da guerra e do poder.

Mais tarde essa concepção politeísta foi absorvida teoricamente pelo panteísmo, que  tomava Deus como o resultado de todos os corpos, de todos os seres. Ele seria efeito, uma somatória, e não causa. Cada um seria parte da divindade, um deus diluído, pulverizado, que aspirava tornar ao “todo”, deixar de ser um individuo. Esse sistema, bem se vê, peca pela falta de qualquer sustentação lógica.
Nenhuma mitologia é mais rica do que a grega, os gregos simbolizaram toda a trama das paixões humanas nas figuras dos deuses do Olimpo. Estes disputavam entre si amores e ódios, proteção e vingança. Estetas os primeiros gregos transformaram as virtudes em esguias da felicidade e a luta ingente do homem para superar-se na luta dos heróis, na urdiduras do deuses, delfins e musas, encantando e maravilhando as criaturas com as fraquezas de Zêus e corte olimpiana.

Os deuses gregos tinham todos os defeitos humanos, naturalmente aumentados, com também poderes sobre humanos, e inteligência superior, agindo como pessoas dotadas de imortalidade. Não poderia ser diferente. É inevitável que, numa primeira etapa, o homem projete na divindade seus sentimentos pessoais e que seu entendimento de Deus esteja de acordo com seu nível de compreensão e desenvolvimento. Supor o contrário é prova de ilogicidade.


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