segunda-feira, 10 de julho de 2017

CURSO DE FILOSOFIA ESPÍRITA - LIVRO 3 CAP 23


A MORTE – AS GUERRAS – AS CATÁSTROFES
A LEI DA DESTRUIÇÃO

BIBLIOGRAFIA
O Que é a Morte – Carlos Imbassahy
Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Editora FEB
Obras Póstumas – Item Perguntas e Problemas
O Mundo Invisível e a Guerra – Leon Denis

REFLEXÃO
A MORTE É UMA PASSAGEM OU UM FIM?
Para muitos homens nada mais há que uma existência no campo físico e com tempo limitado em torno de uma centena de anos. As conseqüências deste posicionamento além de pouco lógico é de muita angustia.
Outros homens assumem que ocorre uma morte do corpo, porém, se consolam por haver uma

1ª PARTE: OBJETIVO DESTA AULA
Esta aula tem por finalidade nos debruçarmos e investigarmos assunto tão importante na existência do ser. Apesar de nossa cultura procurar desviar sempre que possível o trato desse tema, somos todos compulsoriamente obrigados a passar por ele.

2ª PARTE: INTRODUÇÃO
Por que nossas conversas sempre fogem do assunto morte e de final de vida do ser humano?
Kardec trata com naturalidade o tema da extinção do corpo físico como parte de um processo maior que é a transitoriedade do mundo material.
Tudo flui – já dizia Heráclito. E o nosso corpo também. Tudo é efêmero, desde uma flor até uma rocha milenar.
Platão, tendo observado isso, afirma que vivemos num mundo de ilusão porque tudo o que é hoje já não é mais amanhã.
Trataremos da lei da transição ou da transformação que trazem consigo o processo de término das existências físicas, a morte. Dentro de um processo mais amplo estudaremos as causas da destruição, entre as quais, as guerras e as catástrofes.

3ªPARTE: O QUE É MORTE
“Tragada foi a morte pela vitória, Onde está ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.” (I Cor. 15:55).

4ª PARTE: A MORTE FÍSICA
Com o corpo privado do princípio da vida orgânica, a alma se desprende dele e reingressa no mundo dos Espíritos. Etimologicamente, morte significa "cessação completa da vida do homem, do animal, do vegetal". Genericamente, no entanto, a morte é transformação. Do ponto de vista espiritual, morrer nem sempre é desencarnar, isto é, liberar-se da matéria e das suas implicações. A desencarnação é fenômeno de abandono do corpo somático por parte do Espírito que, por sua vez, se desimanta dos condicionamentos e atavismos materiais, facultando a si mesmo plenitude de ação e de consciência.
Assim, a morte é fenômeno biológico, término natural da etapa física, que dá início a novo estado de transformação molecular; a desencarnação, de outra parte, ocorre depois do processo da morte orgânica, diferindo em tempo e circunstância, de indivíduo para indivíduo, podendo ser rápida, logo após a morte, ou se alongar em estado de perturbação, conforme as disposições psíquicas e emocionais do ser espiritual.
Enfim, a morte é apenas a destruição do envoltório corporal, que a alma abandona, como faz a borboleta com a crisálida, conservando, porém seu corpo fluídico ou perispírito.

5ª PARTE: A MORTE SOB A ÓPTICA DAS RELIGIÕES
Antropologistas, arqueólogos, exploradores desbravadores, todos que estudaram os povos primitivos, que desbravaram sertões, são contestes no assegurar que naquelas raças e povos havia a convicção da existência das almas e de sua comunicação com os vivos. Daí, desse fato consueto, nasceram às antigas religiões.
Lemaitre afirmava: “A crença na sobrevivência da alma tem estado tão universalmente espalhada na origem das civilizações, que não se possuir nenhuma prova de um povo que não tenha, de modo mais ou menos rudimentar, aderido a esta fé”.
Pitágoras cria ouvir a voz de um demônio no retinir do bronze. Aristóteles e Platão viam nos movimentos dos objetos os efeitos de uma alma (...). Lemaitre nos diz que depois da morte, a alma invisível erra por algum tempo na vizinhança de sua morada ou da sepultura antes de alcançar a cidade das almas.
Os homens primitivos – escrevia Georges Bureau – sempre tiveram medo dos mortos. E se tinham medo, alguma razão havia para isso.
Buda apresenta idéias (...) adiantadas e com semblante idêntico ao das atuais doutrinas dos espíritos. O Espírito é submetido à roda das encarnações. Esta vai para o espaço para onde leva a alma, e com ela volta, se ainda necessita ela das provas terrenas.
Confúcio parecia preocupar-se mais com o procedimento dos homens e a vida na Terra. A alguém que lhe indagava da existência futura, respondeu: “Se nada sabes desta, como queres saber da outra?”
Os japoneses não receiam a morte, e daí o seu heroísmo guerreiro; invocam os antepassados, os gênios protetores, os Kamis, e deles recebem auxílios e conselhos. A morte é a extinção do sofrimento em regiões melhores.
O Taoísmo de Lao-Tsé, contemporâneo de Confúcio é uma doutrina de excelente moral proclama que a alma será absorvida em Deus. (...) No Taoísmo se diz que as alternativas da vida e da morte são predeterminadas no Céu como a do dia e da noite. Uma sucederá a outra.
Ghazali, escritor persa, dizia: “Não chores os mortos, que a vida, não é mais do que a gaiola de onde os pássaros voaram”.
Sócrates falava da imortalidade com reservas. (....) “A vida provinha da morte como a morte provinha da vida” – afirmava ele. (...) “Saber é recordar”. E assegurava: “Se a alma existe anteriormente à vida deverá subsistir após a morte”
Para o Cristianismo. O destino das almas está irrevogavelmente assinalado: um lugar de suplício e um de bem-aventurança: O Céu e o Inferno. (...) O Catolicismo estabeleceu uma 3ª. estância – o purgatório, onde as almas estacionam até se encaminharem para o Céu.

6ª PARTE: AS GUERRAS
Qual a causa que leva o homem a Guerra?
- É a predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e satisfação das paixões. No estado de barbárie, não conhecem senão o direito do mais forte; por isso, a guerra é para eles um
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estado normal. À medida que o homem progride, ela se torna menos freqüente, porque lhe evita as causas e, quando é necessária, sabe aliá-la à humanidade. O objetivo da Providencia, tornando a guerra necessária é a Liberdade e o Progresso. Quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus; então todos os povos serão irmãos.

7ª PARTE: AS CATÁSTROFES
Quando olhamos para o mundo à nossa volta, parece-nos que se multiplicam as catástrofes, os desastres, os cataclismos.
O Espiritismo, enquanto doutrina libertadora, progressista e evolutiva, e por isso mesmo considerada consoladora, objetiva auxiliar-nos a entender o porquê dos acontecimentos de nosso dia-a-dia, inclusive dos mais trágicos. Assim, para o entendimento da Lei Natural e da Justiça Divina, obtêm-se a conseqüente aplicação desses princípios no cotidiano, favorecendo sua vivência, promovendo a coerência entre o crer e o agir.
Alguns questionamentos são usuais, como, por exemplo: Por que acontece esse tipo de coisa? Qual a finalidade desses acidentes que causam a morte conjunta de várias pessoas? Como a Justiça Divina pode ser percebida nessas situações? Por que algumas pessoas escapam?
Naturalmente, as respostas exigem reflexão aprofundada com base em princípios fundamentais do Espiritismo, como a multiplicidade das encarnações e a anterioridade do Espírito. Esses pontos somam-se ao fato de que nós, enquanto Espíritos em processo evolutivo, temos um passado de descumprimento da lei divina que precisa ter seu rumo corrigido não apenas para equacionar nossos problemas de consciência, mas também para nos harmonizar com nossos semelhantes, afetados pelas nossas ações de desvirtuamento da Lei.
Começamos, assim, a conhecer o caminho para aplicação dinâmica e prática em nosso dia-a-dia da Doutrina que abraçamos, pela análise do mundo e sua transformação, percebendo a profundidade de conceitos como fatalidade, resgate coletivo, regeneração do planeta, além de favorecer o entendimento de ensinamentos de Jesus relacionados àquilo que alguns chamam de sinais dos tempos.

8ª PARTE: A LEI DA DESTRUIÇÃO
A Livro dos Espíritos em sua questão 737 afirma que: “[...] a destruição é uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos”. Analisemos cada um desses conceitos: destruição, necessidade e regeneração moral.
Destruição importa necessariamente no aniquilamento da vida material, a interrupção da atual experiência reencarnatória. Há, os desencarnes naturais, os provocados e os violentos, em um dos vértices de análise conhecidos. Os naturais decorrem do esgotamento dos órgãos (L.E. 68 e 154) e representam o encerramento “programado” das existências corporais, segundo a lei de causa e efeito e o planejamento encarnatório do ser. Os provocados resultam da ação humana no espectro da criminalidade e da agressividade (assassínio, atentados, guerras). Os violentos encampam a ocorrência de catástrofes naturais (enchentes, terremotos, maremotos, ciclones, erupções, desmoronamentos, entre outros).
Em muitas situações, a ligação entre a catástrofe e a ação humana acha-se presente. Movido por interesses mesquinhos e sem a adequada compreensão do conjunto (vê-se a preocupação com os ecossistemas, a preservação do meio ambiente), os homens alteram a composição geológica, com escavações, desmatamentos, aterros e outros mais, e sua imprevidência acaba gerando as ocorrências das mencionadas catástrofes “naturais” (L.E. 741).
Também há os que, migrando de suas cidades para os grandes centros, habitam os morros, nas periferias das metrópoles, e, sem a mínima infra-estrutura, ficam à mercê das primeiras enxurradas. Ocorre, aí, um misto entre o evento natural e a ação humana, como causa direta do evento fatal, “[...] as faltas coletivamente cometidas são expiadas solidariamente” (Obras Póstumas), o que nos faz refletir e analisar de que as almas ali reunidas em desencarnes no mesmo momento temporal, possuem vínculos, muitas vezes, datados de épocas anteriores, e a circunstância de seu retorno à vida espiritual estava prevista pelo Plano Divino, em nível de resgate (veja-se, a questão 258 de O Livro dos Espíritos).
Todavia, necessário se torna qualificar a condição daqueles que, por comportamentos na atual existência, possam sublimar as provas, alterando para melhor o planejamento vital, garantindo a ampliação de sua permanência no orbe, redefinindo aspectos relativos à reparação de faltas e à
construção de novas oportunidades na condição de primeiro e principal responsável por tudo o que lhe ocorra.

9ª PARTE: CONCLUSÃO
Ao compreendermos que somos espíritos em evolução, que somos os viajantes alem do tempo e do espaço, que nossa existência está em plano alem do sensível, enxergamos a morte e a destruição como fatores inerentes ao processo evolutivo.
Ao entendermos que a matéria é complemento importante nesse processo, visualizamos um mundo onde as ocorrências cotidianas passam a ter outro significado num contexto holístico onde tudo esta conectado e segue caminho traçado dentro de uma grandeza onde só o Creador tem esse poder.
Alan Krambeck

10ª PARTE – MÁXIMA / LEITURAS E PREPARAÇÃO PARA PRÓXIMA AULA
Próxima aula:
Livro 3 – Cap. 24 – Cosmologia – Cosmogonias – Outros Mundos Habitados
Leitura:
LIVRO DOS ESPÍRITOS – Allan Kardec - Edit FEB

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