segunda-feira, 28 de agosto de 2017

A Consciência





A mente é uma aculdade do espírito e não do cérebro, e é formada pelo pensamento, sentimento e vontade.
Herdeiros de si mesmo, das experiências passadas, evoluímos por etapas, adquirindo novos recursos, corrigindo erros anteriores, somando conquistas.
Jamais retrocedemos nesse processo, mesmo quando aparentemente reencarnamos dentro das paredes da enfermidade limitadora que bloqueiam o corpo, a mente ou a emoção, gerando sofrimentos. A aquisição da consciência é desafio da vida, é o autoconhecimento que merece exame, consideração, trabalho, discernimento, lucidez e livre-arbítrio.
Nós, como Espíritos, voltamos várias vezes, tomando novo corpo de carne sobre a Terra, a fim de tornar a conviver como homem na sociedade e, exatamente como este, somos levados a trocar de roupa muitas vezes.
As qualidades morais, assim como as intelectuais, dependem do Espírito, nunca do corpo. Amor, bondade, ternura, caráter e outras qualidades têm a sua origem na organização espiritual, que iniciou simples e ignorante, mas aprendeu viajando pelos caminhos da imortalidade.
A conscientização da imperfeição humana e da brevidade da vida física nos conduz à humildade, reconhecendo a transitoriedade das condições materiais, a constante impermanência dos cargos, das classes, das posses e de tudo o mais, no que o eu adoecido se apoie para justificar-se senhor.
Joanna de Ângelis nos diz “a mudança de atitude em relação à vida e aos relacionamentos em nosso trabalho de edificação, torna-se o recurso mais produtivo que nos dá equilíbrio e nos liberta das cargas conflitivas”.
Ao nos tornarmos conscientes, podemos viver em harmonia com a nossa própria natureza. Tomaremos conhecimento da origem dos nossos conflitos, possibilitando assim uma expansão constante de nossa consciência. Quando nos propomos a um autoexame honesto, encontramos uma força interior na qual residem todas as possibilidades de renovação.
À medida que o Espírito se aprimora, o corpo torna-se mais etéreo ou menos denso, demonstrando o seu grau de sintonia com a centelha Divina. A realidade espiritual pouco a pouco se revela, conforme a evolução do próprio ser, no seu processo de lapidação de valores e despertamento das leis que, na consciência, dormem ocultos.
Devemos olhar para nossa realidade como ela é, aceitando-nos sem culpa e sem compactuar com nossa inferioridade; também devemos evitar fugir através de justificativas a respeito do nosso passado ou expectativas vazias do futuro. É importante reconhecer que o passado está gerando frutos no presente e que o futuro aponta para novos ideais; isto deve ser feito de forma equilibrada, não nos esquecendo de que o trabalho se faz nesse instante com a realidade atual.
Somos resultado deste estado mental, no qual o pensamento, orientado pela vontade e intensidade dos nossos sentimentos, tem a força de construir ou destruir em todos os momentos da nossa vida.
Estamos sempre sintonizados e criando alguma coisa, seja para o bem ou para o mal. 
Uma das atitudes essenciais para o nosso aprimoramento é a ligação mental com Deus; junto com a aceitação de nós mesmos, temos que buscar a unidade com nosso Pai para que nossas forças espirituais possam ser alimentadas e sejamos inspirados na busca do melhor.
Buscando essa ligação íntima, estamos buscando o encontro com a Fonte da Vida que nos sustenta.
Sem o devido cuidado conosco, através do amor por nós enquanto filhos do Amor Maior, não poderemos estabelecer o amor com os demais. Amar a si é buscar o entendimento da nossa realidade, é ter a consciência de nossa condição espiritual e da capacidade da nossa mente.
Experimentemos a alegria e entreguemo-nos a Deus, cantando um hino de louvor. Permitamos, dessa forma, que Ele nos liberte da opressão da ignorância, facultando-nos a alegria da felicidade.
Portanto, no dia em que assumirmos nossa pequenez frente à Grandeza Divina, aquele eu enganado conseguirá abrir espaço para a presença do eu interior e, então, promoveremos o processo de Cristificação, imortalizada na frase do grande Apóstolo do Cristo “Eu vivo, mas não sou mais eu: O Cristo vive em mim”. 

Bibliografia:
Peralva, Martins. O pensamento de Emmanuel. 9ª edição, Rio de Janeiro, 2011, ED FEB. Pág.: 141, 142, 145.
Franco, Divaldo – pelo Espírito de Joanna de Ângelis. Refletindo a Alma. 1ª edição, Salvador, 2011, ED LEAL. Pág.: 68, 73, 76, 88, 194, 195, 206, 212, 213, 275, 276.
Franco, Divaldo. A mente pensa sem o cérebro após a morte do corpo. Carta psicografada. 18/11/97. Porto Alegre.
Franco, Divaldo – pelo Espírito Joanna de Ângelis. Momentos de alegria - A Consciência (cap. 5). 4ª edição, Salvador, 2014, ED. LEAL.


por Temi Mary Faccio Simionato
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